Sistema reprodutor masculino - parte 3
Ao contrário do
ovócito, o espermatozoide é a menor célula do organismo e possui 2 funções
gerais mais importantes: as de carregar os genes haploides para a recombinação
com o ovócito e a de ativar o programa de desenvolvimento do ovócito. O espermatozoide
forma-se através da espermatogênese, divisão meiótica que ocorre entre os
túbulos seminíferos, constituintes dos testículos, quando então o gameta é
formado a partir das células germinativas primitivas. A espermatogênese humana
inicia-se a partir da maturidade sexual, quando então, as espermatogônias
localizadas na base dos testículos seminíferos dividem-se por mitose originando
outras espermatogônias. No homem são descritos vários tipos de espermatogônias,
sendo aquelas do tipo A, originadas das células primitivas germinativas (CGP) e
a garantia da formação de novas espermatogônias, durante toda a vida sexual.
Estas células são menores que as CGP, tem um núcleo ovoide com a cromatina
associada com a membrana nuclear. As espermatogônias A são encontradas na
região basal dos cordões sexual primitivos.Na puberdade, as
espermatogônias A dividem-se por mitose com sucessivas gerações. Elas podem
seguir dois caminhos: continuar a se dividir para manter a população de espermatogônia
A, ou diferenciam-se em espermatogônia B, que formam os espermatócitos,
iniciando a meiose. Na 1° etapa da meiose, os espermatócitos I resultantes das
espermatogônias B, originam os espermatócitos II, células com o mesmo volume
citoplasmático. Na 2° etapa dão origem a espermátides. Após a divisão meiótica
segue-se a espermiogênese, na qual há uma transformação de espermátides em
espermatozóides.As espermátides são
células haploides, arredondadas, sem flagelos e são transformadas em
espermatozóides durante a espermiogênese. Neste processo também ocorre a
formação do acrossomo na cabeça do espermatozoide, a condensação da cromatina
nuclear e a perda do citoplasma. O acrossomo é uma vesícula achatada, derivada
do aparelho de Golgi, localizada na cabeça do espermatozoide sobre a porção
anterior do seu núcleo.A capacitação do espermatozoide
é quando os espermatozóides deixam o testículo, estes gametas não são nem
estruturalmente, nem funcionalmente capazes de fertilizar o ovócito. Embora os
espermas ejaculados já estejam totalmente maduros, eles experimentam um
processo de ativação fisiológica durante o trajeto pelas vias genitais
femininas. In Vitro, os espermatozóides capacitam-se em meios de cultura
apropriados, que mimetizam os meios naturais. A capacitação envolve pois, a
remoção de moléculas e a transformação na superfície do gameta masculino,
também denominada de acondicionamento, possibilitando dessa forma a reação
acrossômica e a hiperativação da mobilidade do gameta. Em experimento in vitro,
as lavagens e incubações em diluições adequadas substituem a permanência
necessária do espermatozóide nas vias femininas, para capacitação.
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